PRECISANDO REVISAR, MELHORAR OU
ATÉ PRODUZIR UM TEXTO?


Seja livro, catálogo institucional, redação escolar, folder de produtos, tabloide comercial, trabalho acadêmico, conteúdo de website, biografia de familiares, conto, crônica, artigo jornalístico, informe do condomínio ou manual técnico; quem sabe aquele e-mail que você pretende mandar ao presidente da empresa em que trabalha, talvez uma carta de amor ou um bilhete de suicídio; seja o que for, não se esqueça...


FALE COM O CRUZ!
(cancruz@terra.com.br)



O que é revisão?

Revisar um texto é corrigi-lo e aperfeiçoá-lo, sem violentar o estilo do autor. Um trabalho que parece fácil, mas não é. Não basta ao revisor conhecer bem o idioma. O bom revisor tem que, além de conhecer muito bem a língua, ser também um bom escritor; só assim ele será verdadeiramente capaz de opinar e interferir no que há de mais complexo no texto: a coerência, a coesão e a sintaxe (arranjo estrutural), aspectos fundamentais, que comprometem muito mais um texto do que as questões ortográficas, como a maioria supõe.

Um orçamento de revisão dependerá, portanto, dessas e de muitas outras variáveis, entre elas: a complexidade do tema; a urgência para a entrega; a presença ou não de notas de rodapé (comum em trabalhos acadêmicos, e que multiplicam o trabalho); etc.

Sendo assim, para o envio de um orçamento será necessária uma avaliação prévia do trabalho. Envie-me um email com algumas páginas do seu trabalho que faço, sem compromisso, um piloto para sua avaliação: cancruz@terra.com.br

Abaixo, alguns trabalhos que fiz. Nos últimos 6 anos já foram 25 livros e 20 TCC, além de trabalhos de menor envergadura.



LIVRO Villy Fomin
Doxa e Fonte Editorial


Trabalho de revisão com reestruturações e sugestões.





FOLDER Institucional

Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção - SOBRATEMA


Trabalho de revisão com sugestões de reestruturação.






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LIVRO de Eliel Batista
Doxa e Fonte Editorial

Trabalho de revisão com reestruturações e sugestões.







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LIVRO coletânea do Instituto Mundo Mundano
Editora Prólogo

Trabalho de revisão com sugestões em cada um dos 140 textos que

compõem o livro: contos, crônicas e artigos; de mais de 100 autores.

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Produção de BIOGRAFIA sob encomenda

A pedido de Afonso Mamede, e a partir de relatos colhidos ao longo de 4 reuniões, Cruz escreveu uma biografia de 9 páginas sobre a vida de Zulmira Moraes Legaspe Mamede, mãe de Afonso, falecida em 1998 (clique para ampliar as imagens).





... Concluída a biografia, o texto original foi adaptado por Cruz para uma minibiografia, que foi incluída no encarte de um CD de músicas (acima) para ser distribuído aos convidados do evento oficial que homenageou Zulmira Mamede, na Câmara Municipal de Aguaí/ SP.

Na ocasião, Afonso leu, na íntegra, biografia de sua mãe para uma atenta plateia de autoridades do município e convidados ilustres.

Contato Afonso Mamede: amamede@odebrecht.com

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Livro de Ricardo Gondim
Doxa e Fonte Editorial/ 2012

Trabalho de revisão com pequenas reestruturações.





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Livro da psicóloga Silvia Geruza
Doxa e Fonte Editorial/ 2012
(recém-lançado!)

Trabalho de revisão com reestruturações e sugestões.














Alguns trabalhos acadêmicos corrigidos em 2013


TCC de doutorado - Profº Dr. Gedeon Freire de Alencar - PUC/SP (gedeon@folha.com.br)
TCC de doutorado - Profª Dra. Marina Santos Corrêa - PUC/ SP (marinasantoscorrea@gmail.com)
TCC de pós-graduação - Daniel Augusto Schmidt - Metodista/ SP (daniel34@uol.com.br)
Artigo Científico - Profª Dra. Mérli Leal Silva - Universidade Federal do Pampa São Borja/ RS (merlileal@gmail.com)


Publicações Periódicas

Revisor da Revista Atitude São Paulo

Publicação bimestral - circulação gratuita nos bairros da Zona Sul de SP/ Capital
50 mil exemplares auditados.

Diretora Executiva: Silvia Meuer (silvia@atitudesaopaulo.com.br)




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A Caçadora de Incultos



– Quase matei o encanador! – a mulher já foi falando, atropelando a nossa conversa, sem pedir licença. E prosseguiu:
– Além de ter feito um serviço porco na minha pia, ainda tive que ouvir que “foi difícil pra mim fazer esse conserto, dona”. Ai, ai, ai meus ouvidos! Essa gente que fala pra mim fazer me dá vontade de apertar o pescoço!

O amigo Marcelo me olhou e já ia abrindo a boca. Possivelmente ele diria pra moça que de assuntos de português eu sou conhecedor ou coisa que o valha, mas graças a Deus interrompeu sua pretensão a tempo, acho que por causa do meu olhar que dizia “Não me chame nessa briga, por favor!”.

Não me chamou. Ainda bem.

Tudo o que eu não queria, definitivamente, era ter que discutir com aquele ser humano mal-educado e cheio de si assuntos referentes à língua. Se eu fosse discutir algo com ela, começaria discutindo sua visão de mundo preconceituosa, revelada em frases como “essa gente”.

A mulher foi embora e acabou-se assim a história. Mas não dentro da minha cabeça...

Gosto do trabalho do linguista Marcos Bagno, doutor em Língua Portuguesa e professor universitário, autor de uns 30 livros. Para quem gosta de Português, recomendo a leitura de Preconceito Linguístico. Nesse livro, Bagno demonstra, fazendo uma interessante recuperação histórica, que a língua tem cada vez mais se tornado um meio cruel de discriminação dos letrados sobre os iletrados; os estratos sociais letrados usam do idioma para oprimir, humilhar e dominar os que não tiveram acesso ao estudo. Exatamente o que fez a moça com o pobre do encanador.

Mas voltemos ao caso propriamente dito.

Os sensíveis ouvidos da moça estavam sensíveis demais. Tão sensíveis, mas tão sensíveis, que ela, uma sumidade linguística no seu próprio entendimento, juíza do bem e do mal, quase condenou o encanador à fogueira das letras.

Veja você que grande ironia: ela se enganou. Redondamente. O encanador tinha razão, sua frase estava perfeita.

Vamos avaliar o caso?

A discussão aqui é sintática. E a sintaxe é a parte mais complexa da Língua Portuguesa. Para dominar a sintaxe do Português (a ponto de querer decretar a ignorância do próximo) há de se dedicar a um estudo longo e meticuloso, por anos a fio.

O pronome oblíquo “mim” exerce no Português a função de objeto das orações, e o pronome reto “eu” a função de sujeito.

Na frase “Foi difícil pra mim fazer esse conserto”, o "mim" não é o sujeito. E como eu sei disso? Fazendo a pergunta: “O que é que foi difícil?”. Resposta: “Fazer esse conserto”. Pronto, aí está o sujeito: “fazer esse conserto”. O “mim” não é o sujeito, mas o objeto da ação. A frase está, portanto, absolutamente correta.

Vejamos outra frase, supostamente igual (só supostamente):

“Para eu fazer a lição preciso de luz”

Opa, mas aqui se usa o "eu"? Sim, aqui se usa o “eu” em vez do "mim". Explico. Porque aqui o “eu” exerce a função de sujeito do verbo fazer. A pergunta aqui é diferente, veja: “Quem é que precisa de luz?” (ou tão somente “quem?”). Resposta: “Eu”, e não “mim”, como na frase anterior.

Nas orações em que temos o "para + pronome pessoal + verbo fazer" (ou qualquer outro verbo no infinitivo), na maioria das vezes o correto é mesmo o uso do pronome reto (para eu fazer; para eu ir; para eu comer). Contudo, como estamos vendo, há exceções; para descobri-las há de se avaliar com muita atenção a estrutura sintática da frase, só assim é possível descobrir qual o pronome adequado – oblíquo ou reto, pois só assim saberemos qual exerce função de sujeito e qual exerce função de objeto.

É aí que está o ponto! Não se trata de saber se o certo é usar o mim ou o eu, pensando nos vocábulos de maneira independente. É a análise sintática (da função deles na oração) que nos vai revelar a função que têm dentro de uma oração ou frase. Não se avalia a sintaxe de palavras soltas, e aí que caiu do cavalo a nossa especialista. Sozinha uma palavra é avaliada em classes (substantivos, adjetivos, pronomes, verbos, advérbios, etc.)

A frase do encanador estava correta, porém na ordem inversa, perfeita para pegar de calças (ou saias) curtas os especialistas da superfície, como diria o professor Cláudio Moreno. 

A ordem inversa se caracteriza por sujeito posposto, que é o sujeito adiante do predicado, à direta da fraseem vez de no começo, à esquerda, como é o mais usual.

Para finalizar, visualizemos de forma simples a questão:

Frase original: 


“Foi difícil pra mim fazer esse conserto".

Colocando-a na ordem normal (ordem direta), ficaria assim:

“Fazer esse conserto foi difícil pra mim”.


Ou será que ainda assim a nossa implacável especialista na língua teria coragem de recomendar o uso do “eu”? 


“Fazer esse conserto foi difícil pra eu”. 

Acho que não...


Cesar Cruz



Em tempo: Quem se interessar pelo trabalho do linguista Marcos Bagno e as questões relativas ao preconceito linguístico, sugiro começar por este artigo.